Agenda 21 Escolar estimula o compromisso com práticas ambientais e de cidadania

Escolas públicas dos municípios do entorno do reservatório da UHE Corumbá IV participaram, de 2 de abril a 7 de maio, do projeto Agenda 21 Escolar, realizado pela gestora da usina, Corumbá Concessões. Sete escolas selecionadas – de Silvânia, Abadiânia, Alexânia, Corumbá de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Novo Gama e Luziânia – receberam a equipe do projeto por dois dias, quando foram promovidos espaços de diálogos e interatividade entre professores e estudantes, com o objetivo de sensibilizá-los a se comprometerem com boas práticas ambientais e de cidadania. Com foco na sustentabilidade, houve roda de conversa com os professores e demais colaboradores das escolas, no contexto da realidade escolar e visando à resolução de problemas locais. Com as crianças, o projeto trabalhou atividades lúdicas sobre temas como fauna e flora do Cerrado, importância da água e preservação ambiental através de história, música, teatro de fantoche e outras brincadeiras. Os alunos ganharam brindes – lápis, caneta, garrafinha para água etc.

Construção da Agenda 21

A Agenda 21 é um documento que nasceu no evento global Rio Eco 92 para implantação global e prevendo, em mais de 40 tópicos, as possibilidades de desenvolvimento sustentável para o planeta, com o intuito de gerar desenvolvimento sem prejuízos à qualidade de vida do ser humano e às condições ambientais. As agendas locais estão sendo implementadas onde existam necessidades de crescimento e de sustentabilidade ambiental e econômica.

A Corumbá Concessões desenvolve a Agenda 21 Escolar há 13 anos em escolas dos municípios de influência da usina de Corumbá IV. A partir de debates, levantamento de sugestões e propostas de ações na escola e no seu entorno, a Agenda 21 é construída de forma contínua e pode abrigar outros projetos que a escola já desenvolva, de cunho ambiental, econômico, social e de cidadania. Este ano, o projeto envolveu  um total de 113 docentes e colaboradores, e 1.500 alunos.

Segundo a analista ambiental da Corumbá Concessões, Marinez de Castro, o papel da companhia neste projeto é incentivar e despertar nos professores e alunos a consciência e as práticas sustentáveis, de acordo com a realidade local, um trabalho similar que é desenvolvido em todo o mundo. A Agenda 21 Escolar programou um concurso de redação e desenhos, a partir das atividades com as crianças. Até o dia 21 de junho, os professores irão trabalhar os temas com os alunos e os melhores projetos receberão premiação como estímulo. “Nós estamos incentivando os professores a construir a Agenda 21, envolvendo as crianças em alguma ação que traga melhoria nas relações interpessoais e no espaço de uso da instituição. A participação das escolas foi excelente e acreditamos que atingimos os objetivos propostos”, explicou.

A escola municipal João Gabriel, de Novo Gama, fechou o ciclo de atividades do projeto, no dia 7 de maio. Segundo a diretora Sandra Robélia de Oliveira, os professores ficaram muito satisfeitos em receber, pela primeira vez, a Agenda 21. A escola desenvolve os projetos: Vivenciando – sobre prevenção ao uso de drogas, com os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) – e Faça Bonito, que leva informações às crianças sobre assédio sexual, estupro e outros tipos de violência. “Agora esses projetos poderão ser incorporados à Agenda 21 como uma atividade a mais a ser desenvolvida com os alunos, com o apoio da Corumbá Concessões”, disse.

Em Silvânia, a escola municipal Manoel Caetano também recebeu o projeto pela primeira vez. “A Agenda 21 chegou para nós na hora certa para somar aos outros projetos que temos”, comentou da diretora Gerlene Sanches de Carvalho. Segundo ela, as dúvidas em relação aos trabalhos com a questão ambiental foram sanadas durante a roda de conversa com os professores, enquanto as atividades lúdicas levaram muita alegria para a meninada e serviram de base para elas produzirem seus trabalhos para o concurso de redação e desenho.

A escola Manoel Caetano fica localizada num bairro onde a maioria das famílias é de baixa renda e tem situação social vulnerável. Na opinião de Gerlene, o foco da escola, a partir da Agenda 21, será um trabalho de envolvimento dos pais dos alunos em projetos de geração de renda, como o JEP (Jovens Empreendedores), para produção de sabão, locação de brinquedos e fabricação de pães e bolos, quando os participantes irão aprender a trabalhar com planilhas de custo, despesas e outros itens de administração de pequenos negócios.

“Há vários anos nós participamos desse projeto que é muito importante porque sempre vem acrescentar pedagogicamente e em conhecimentos que são colocados em prática no cotidiano das crianças na escola e no lar”, avaliou a diretora da Escola rural Darcy Ribeiro, de Luziânia, Cirlei da Costa Meireles. A missão da escola, acrescentou, é trabalhar para que as crianças sejam espelhos para a família, de forma que possam fazer a diferença na sociedade, no futuro. Para a professora Maria Nancy de Oliveira, há uma grande expectativa em relação à construção da Agenda 21: “A conversa com os agentes ambientais do projeto foi muito proveitosa e vamos planejar novas ações para abranger as famílias dos alunos em nossos projetos, através de oficinas e palestras sobre reciclagem e descarte correto de resíduos, entre outros temas”, disse.

Contação de histórias

Nas sete escolas, os contadores de história William Reis e Manu Chagas divertiram as crianças com músicas, histórias, teatro e cantigas de roda, com foco ambiental. William, que é presidente da Associação dos Amigos de Histórias de Brasília, falou sobre a alegria de ver o retorno do seu trabalho: “É uma interação maravilhosa, porque a gente consegue perceber no brilho dos olhos e no sorriso das crianças que elas entenderam o recado e que vão multiplicar, em casa, o que aprenderam. O nosso trabalho é fruto de muito carinho na preparação e escolha do repertório e, após a apresentação, há alunos que chegam para elogiar o trabalho ou nos contar que estão brincando de cantar e contar histórias para os pais e os irmãos”, disse.

Kalvan Kevin de Souza, 8 anos, aluno da escola João Gabriel, de Novo Gama, disse que entendeu direitinho o recado que William Reis passou durante as brincadeiras: “Eu achei muito legal porque ele falou das árvores, da água, dos bichos e dos cuidados com a natureza. Falou também que o Cerrado está morrendo e que nós temos que cuidar muito dele. ” Kalvan destacou a dinâmica feita sobre a destinação correta de lixo, que arrancou muitas gargalhadas da plateia, e acrescentou que, em casa, ele e o padrasto estão “ensinando” à sua mãe a descartar resto de comida na lixeira certa.

Assessoria de Comunicação / Corumbá Concessões

Ana Guaranys

Informações: (61) 3462-5237 / comunicacao@corumba4.com.br

09/05/2019

Facebook
Pinterest
Twitter
LinkedIn