Os agrotóxicos representam riscos à saúde humana, animal e ao meio ambiente, principalmente durante o período de chuva. Agrotóxicos ou defensivos agrícolas são substâncias químicas que o produtor rural usa na lavoura para acabar com pragas e doenças das plantas. São substâncias perigosas que se forem aplicadas em período errado ou em quantidade excessiva podem ser levadas para os rios e lagos, causando doenças, poluição e até mesmo matando plantas, peixes e outros seres da fauna aquática.
Em comemoração ao Dia do controle da Poluição por Agrotóxicos, em 11 de janeiro, a Corumbá Concessões, gestora da UHE Corumbá IV, orienta produtores rurais e moradores dos municípios de influência do reservatório sobre o uso de defensivos agrícolas e outras substâncias químicas em suas lavouras. O lago de Corumbá IV é a razão da existência da usina para a geração de energia e é muito importante para os moradores do seu entorno e para o ecossistema como um todo. Manter a qualidade do reservatório é uma preocupação constante da empresa, diz a bióloga e analista ambiental, Tatiana Soeltl.
Segundo ela, há uma série de cuidados que devem ser tomados para evitar a poluição do reservatório, entre eles manter a vegetação das margens do lago, pois suas raízes funcionam como uma espécie de filtro, evitando a entrada de poluentes, como os agrotóxicos por exemplo. Outra ação que contribui para evitar a poluição das águas é não jogar lixo nas margens do reservatório. “Os produtores devem tomar cuidado caso seja mesmo necessário o uso de agrotóxicos, para evitar a contaminação dos rios e dos lagos”, orienta.
Para manter a boa qualidade da água do reservatório, a CCSA realiza o monitoramento durante todo o ano. “Ressaltamos que é proibido o uso de agrotóxicos ou outros componentes químicos na Área de Preservação Permanente- APP e também para controle de plantas aquáticas e algas em rios e em qualquer reservatório para abastecimento público. O cuidado com a preservação desse valioso recurso hídrico, como no caso do lago de Corumbá IV, não é somente da empresa, pois o reservatório é um benefício de todos”, finaliza.
Riscos de aplicação incorreta de agrotóxicos
Segundo o pesquisador e especialista em toxicologia ambiental da Embrapa Cerrados, Eduardo Cyrino, se não houver cuidado na aplicação de produtos químicos na lavoura, estes podem contaminar rios e lagos. “Se for solúvel, durante o período de chuva ele pode escoar e cair num corpo hídrico. Se o solo for também muito poroso ele pode infiltrar no solo e contaminar a água subterrânea”. Para evitar esses riscos, o pesquisador defende a ideia de combater doenças e pragas das lavouras sem o uso de agrotóxicos. “Existe hoje a valorização dos produtos biológicos, que são microorganismos usados para controle de algumas espécies de pragas e esses produtos têm uma especificidade de ações muito maior do que os produtos químicos tradicionais”, compara.
O ideal, segundo Eduardo Cyrino, é fazer o combate biológico e natural, e não usar agrotóxico. “Mas se o produtor precisa mesmo utilizar este recurso, ele só deve voltar a pulverizar a lavoura quando a chuva tiver parado completamente, lembrando que o uso de agrotóxico é proibido em áreas de preservação permanente, as APPs”, finaliza.
Janeiro/2016
Ana Guaranys – Assessora de Comunicação – Corumbá Concessões
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