Festa do Divino é realizada em Corumbá de Goiás

Com o tema O Divino Iluminado, os casarões do centro histórico de Corumbá de Goiás se iluminaram – como nunca em festas anteriores – com 38 holofotes de luzes coloridas para receber a Festa do Divino, que se repete há 268 anos, em louvor ao Espírito Santo, à Santa Efigênia e ao Santo Elesbão. De 19 de maio a 09 de junho, foram realizadas três semanas de festa: a Folia da Cidade, a Folia da Roça, a Quermesse, e três missas campais. Os eventos na cidade aconteceram na lateral da centenária Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha de França.

A festa evidencia o saber popular, transmitido de pai para filho, em reuniões caseiras, quando as famílias de violeiros e catireiros se juntam aos vizinhos e amigos para cantar músicas de raiz em louvor ao Espírito Santo, em simples e profunda confraternização.

Na Folia da Roça, de 27 de maio a 02 de junho, cerca de 600 foliões percorreram várias fazendas do município levando a Bandeira do Divino. Em cada casa eles giraram a folia e fizeram pouso, com rezas e cantorias, com o intuito de pedir ofertas em dinheiro, destinadas à Igreja, e em alimentos e agasalhos para os festeiros. Nos pousos, aconteceram as celebrações, com orações, cânticos e a dança catira.

Valdevino Barreto, 44 anos, conta que girou na folia desde os 8 anos de idade e que há 7 está à frente da organização da folia da roça. Ele explica o que acontece na trajetória da folia, da matriz de N.S da Penha até às casas dos festeiros: “A gente sai da igreja em procissão com a Bandeira do Divino para percorrer, a cavalo, as casas na área rural. Em cada pouso, a gente almoça ou janta, conforme a hora, reza o terço, faz as cantorias e pede ofertas”, relata.

Depois, complementa, é servido o jantar (ou almoço) preparado com muito esmero e participação da vizinhança, servido pelos donos da casa. A catira começa e vara a madrugada, encerrando cada pouso. “Aí começa a dança, que é a única diversão da festa, com participação de homens, mulheres e crianças, todos que gostam de bater palmas e sapatear ao som da viola. A gente vai dormir lá pelas três horas da madrugada e acorda às 5 da manhã para fazer a alvorada, rezar o terço e partir para outro pouso”, explica Barreto, para quem a festa representa “a fé do povo na vinda do Espírito Santo”.

Segundo Rafael Curado, o imperador e organizador da festa deste ano, o evento foi “espetacular”, reunindo a população da cidade nas várias festividades, com destaque para as três missas campais, que aconteceram pela primeira vez. A primeira missa foi toda acompanhada pela Corporação Musical 13 de maio, de 129 anos, a banda mais antiga de Goiás; a segunda teve a participação do Coral Vozes de Corumbá; e a terceira foi acompanhada pela Orquestra de Violeiros.  Para Rafael, “Corumbá de Goiás impressiona por ter a Coorporação Musical e a igreja mais antiga de Goiás; por ser o segundo povoado mais antigo do Estado, só perdendo para Goiás Velho, e por apresentar umas das encenações de Cavalhadas mais antigas e originais do Brasil. ”

O historiador e músico Ramir Curado, que há 36 anos faz parte da banda, onde toca bombardino, destacou entre as atrações musicais do evento a encenação da Cavalhinha de Corumbá de Goiás, formada por crianças das famílias dos cavaleiros adultos das Cavalhadas, dando continuidade a uma tradição que vem desde 1954. A quermesse foi realizada no salão paroquial, onde as famílias se reuniram em confraternização para as comidas e bebidas. Segundo ele, o nome de José Santana Filho foi escolhido como o novo imperador da próxima Festa do Divino.

A Corumbá Concessões, gestora da UHE Corumbá IV, valoriza as tradições sociais e culturais dos municípios do entorno do reservatório e apoiou o evento. Também as Cavalhadas, o coral Vozes de Corumbá e a Banda 13 de Maio recebem apoio cultural da companhia. (Assista, abaixo, ao vídeo da Festa do Divino)

Ana Guaranys

Assessoria de Comunicação / Corumbá Concessões

Informações: (61) 3462-5237 / comunicacao@corumba4.com.br

12/06/2019

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