Fiscais do Ibama-DF e equipes da Corumbá Concessões e da secretaria de Meio Ambiente de Santo Antônio do Descoberto realizaram uma blitz educativa nas estradas de acesso ao reservatório da Usina Hidrelétrica Corumbá IV, pelas comunidades Lagoinha e Santa Rosa, no dia 8 de dezembro. O objetivo foi orientar os turistas que seguiam para curtir o lazer na beira do lago, distribuir material educativo sobre a preservação do reservatório e sua APP, com ênfase na proibição da pesca durante o período da piracema – de outubro a fevereiro.
Os agentes ambientais e fiscais também solicitaram aos turistas que multiplicassem as informações e orientações o que, na avaliação do superintendente do órgão, coronel José Carlos Casado, teve um retorno positivo. “Agradecemos ao secretário de Meio Ambiente, Benedito Solano de Castro, ao prefeito Adolpho Von Lohrmann e à Corumbá Concessões, sempre pronta a nos ajudar nas operações de fiscalização do reservatório. Mas, também agradecemos à população que nos ouviu atentamente e, pelo que percebemos aqui, todos estão conscientes e dispostos a divulgar e apoiar as ações de preservação ambiental”, disse.
Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Benedito Solano de Castro, “a blitz foi muito importante para que a população rural do município possa entender e participar mais de ações preservacionistas na região”. Solano informou que a secretaria de Meio Ambiente está atenta à questão da pesca predatória, principalmente no braço do rio Descoberto. Este é crime ambiental decorrente de várias reclamações de pessoas que passaram pela blitz, que repudiam a pesca com rede na região.
Comentando sobre a questão, o turista Chagas Lima, de Brasília, disse que é bem convicto da necessidade de punição pesada aos infratores. “Eles têm que ir para a cadeia, como nos países onde essa lei é cumprida com rigor”. Ele considera “fraca” a consciência em relação à proteção ambiental de grande parte dos turistas que acampam na beira do lago: “As pessoas voltam do passeio e jogam o lixo na estrada sem nenhum peso na consciência. ”
Marinez de Castro, analista ambiental da Corumbá Concessões, disse que “a presença do Estado na região reforça o cumprimento das normas e legislação ambientais, uma vez que a proteção do meio ambiente é crucial para a sociedade, e o Ibama tem cumprido bem esse papel”.
A família de Isabel Cristina Menezes, moradora de Águas Claras, em Brasília, tem um ranchinho na beira do lago. Ela destaca a preocupação com a limpeza do local, inclusive com o cuidado de recolher latas e garrafas pet que “turistas desleixados” deixam para trás. “Não dá para não conservar essa beleza natural que temos perto de nós”, destacou.
Paixão por animais
Vladimir Barreto, também de Brasília, que pela primeira vez visitava a região de Corumbá IV, disse que ele e a família são “apaixonados” por animais e que a expectativa de todos era conseguir ver de perto algum deles por ali. “Nós temos respeito pela natureza em geral, pois precisamos dela, e somos contra a visitação nos zoológicos, onde vemos o sofrimento no olhar dos bichos presos. Essa cultura de prender, matar e empalhar bichos tem que acabar”, comentou.
Animais, para eles, é “tudo”. Prova disso é que a família tem sete cachorros, passarinhos soltos no quintal, alimentados com frutas, e até um sapo cururu, o Tião, que é o guardião da horta e faz o controle biológico das pragas. “Nós gostamos de cobras, aranhas, de todos os bichos e até conversamos com eles”, acrescentou. Vladimir elogiou a ação do Ibama, dizendo que o órgão deveria contar com mais verba federal para fiscalizar crimes ambientais em todo o país.
O Ibama-DF não encerrou as operações no lago de Corumbá IV e, ainda neste mês, deverá realizar uma ou duas ações. No balanço de 2018, o coronel Casado considera positiva a fiscalização na região: “Vamos continuar as operações no ano que vem, para que as pessoas se conscientizem sobre a importância da preservação do lago, da APP, da fauna e da flora”, finalizou.
Ana Guaranys
Assessoria de Comunicação / Corumbá Concessões
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11/12/2018