A apreensão de 150 redes de pesca, equivalentes a cerca de 7.500 metros; quatro tarrafas e um arpão foi o resultado da fiscalização do Ibama-DF realizada de 10 a 14 de fevereiro, no reservatório de Corumbá IV e sua Área de Preservação Permanente (APP). A Operação Pacuera, que teve também caráter educativo, contou com o apoio de uma equipe da Polícia Militar Ambiental de Goiânia. Segundo relatório divulgado pelo Ibama, em 21/02, nos quatro dias de carnaval foram lavrados oito autos de infração, totalizando R$ 17.700,00 em multas; e uma notificação.
A operação teve como objetivo atender a denúncias de caça e pesca predatória no reservatório, por ser ainda a época da piracema (desova de peixes), que termina no final de fevereiro. Os fiscais desenvolveram os trabalhos em embarcações cedidas pela UHE Corumbá IV e visitaram 30 acampamentos, percorrendo o lago nos municípios de Alexânia, Abadiânia, Silvânia, Santo Antônio do Descoberto e Luziânia.
Piracema
Cláudio Alves de Almeida, de Brasília, foi abordado duas vezes pelos fiscais: uma no acampamento, e outra enquanto passeava de barco no lago, com amigos, munido de vara de pesca. “Eu tenho conhecimento da piracema e se a gente pega um peixe com ova, ou então miúdo e fora da medida, a gente sempre solta”, explicou. Cláudio elogiou a operação do Ibama para evitar pesca com rede, prática que ele conta que já presenciou duas vezes neste feriado. Quanto à preservação ambiental, Claudio disse que ele, familiares e amigos têm o hábito de deixar limpo o local onde acampam.
Durante a campanha, os agentes ambientais do Ibama e os policiais ambientais orientaram as famílias acampadas sobre os cuidados e a segurança durante o lazer, quando adultos e, principalmente, as crianças devem fazer o uso de colete salva-vidas. “Nas visitas aos acampamentos, nós informamos tudo o que pode e o que não pode ser feito durante o lazer, alertamos para a proibição da pesca durante a piracema, e deixamos também sacos para eles descartarem o lixo”, disse o Sargento Valentino, da PM Ambiental.
Segundo o sargento, a corporação atua na região do reservatório de Corumbá IV no combate à caça e pesca predatória e na orientação para a preservação ambiental. Esta foi a primeira vez que a PM Ambiental trabalhou junto com o Ibama, com o apoio da Corumbá Concessões, no reservatório. Ele observa que nos lugares onde há mais fiscalização, as infrações são em menor número, o que mostra a importância das parcerias entre as instituições nas ações de combate aos crimes ambientais.
Na avaliação do agente ambiental federal, Robson Luiz de Oliveira, coordenador da operação, outras ações de fiscalização com foco na pesca predatória serão necessárias, tendo em vista a grande quantidade de material predatório, como redes de pesca, tarrafas e arpão, encontrados no Lago de Corumbá IV. Se estas práticas não forem combatidas periodicamente, haverá o desequilíbrio da natureza e a consequente extinção de algumas espécies da fauna aquática”, frisou.
Assessoria de Comunicação / Corumbá Concessões
Ana Guaranys
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22/02/2018