Moradores da comunidade rural Indaiá, no município de Luziânia, participaram de um curso de educação ambiental sobre o tema Vegetação e qualidade da água no contexto do Cerrado, ministrado pela Corumbá Concessões, no dia 29 de janeiro, na sede da associação dos produtores rurais da comunidade (Assindaiá). Eles aprenderam sobre a importância da recuperação de áreas degradadas e da relação do ser humano com o meio ambiente.
Como atividade prática, visando fortalecer e estimular a participação da comunidade na lida consciente com os recursos naturais, os moradores plantaram 115 mudas de espécies do Cerrado na propriedade do Sr. Pedro Ferreira Gomes, para recuperar uma nascente em processo de regeneração. A área foi cercada para evitar pisoteio de gado.
Segundo a coordenadora em campo da atividade, a geógrafa Temízia Lessa, o curso abordou questões técnicas sobre revegetação, a exemplo do distanciamento ideal entre as mudas e o tamanho das covas, itens importantes para o bom crescimento das plantas. Outro aprendizado foi sobre a escolha das espécies próprias para se plantar em área de nascente. “Eles aprenderam teoricamente o que já fazem no dia a dia e isso enriqueceu o conhecimento de cada um”, avaliou.
Segundo Temízia Lessa, a nascente do sr. Pedro chegou a secar, mas logo que comprou a propriedade, há três anos, ele plantou algumas mudas, cercou a área e proibiu a circulação de pessoas no local. A fazenda foi escolhida pelo projeto da Corumbá Concessões para realizar o plantio porque hoje aquela nascente está num estágio de regeneração natural, graças às providências tomadas pelo proprietário. “Com as novas mudas plantadas, de espécies com crescimento rápido, vamos potencializar e agilizar o crescimento das plantas para revitalizar a nascente”, explicou a geógrafa.
O sr. Pedro diz que vai continuar revegetando a área plantada até que a nascente volte a correr água como antigamente, como ele teve notícia, logo que comprou a terra, de 8 alqueires. “Eu uso água de poço, mas eu to correndo atrás é dessa nascente. Quando ela estiver recuperada eu vou abandonar o poço e meus vizinhos também vão poder usar da água dela”, complementou o fazendeiro, frisando que este é um trabalho para “hoje e para o futuro”.
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Segundo a geógrafa e analista ambiental da Corumbá Concessões, Marinez de Castro, este tema é de grande relevância. “Temos uma cultura do desmatamento para atender aos interesses imediatos, e isto é feito sem conhecimentos sobre os terrenos, sobre a fragilidade dos solos e dos processos erosivos decorrentes do desmatamento. As erosões danificam as nascentes podendo levar à sua extinção. Depois, o processo de restauração destes terrenos degradados é trabalhoso e caro e, dependendo do grau da erosão, é inviável reparar os estragos da área”, explica.
O curso, ainda segundo a analista ambiental, trouxe todos estes conteúdos e, principalmente, conhecimentos sobre a recuperação de área de nascente. “Este tipo de ação requer conhecimento sobre as plantas, sobre o comportamento delas em cada ambiente e que tipo de ambiente cada planta exige. É necessário respeitar o ciclo natural, o tempo e a função da planta, como por exemplo, considerar as classes de pioneiras, as secundárias e as plantas clímax”.
Ela acrescenta que as mudas foram adquiridas do Viveiro-Escola da comunidade rural Água Branca, de Silvânia, outro projeto implementado pela empresa naquela localidade. “O curso será levado, em breve, a outras comunidades rurais do entorno do reservatório de Corumbá IV”, finaliza.
Fevereiro/2016
Ana Guaranys – Assessora de Comunicação – Corumbá Concessões
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