Diversas ações do Programa de Educação Ambiental (PEA), entre elas os projetos Agenda 21 Escolar, Parada Ecológica, cursos de recuperação de áreas degradadas. Elas foram realizadas durante o ano de 2016, levando novos conhecimentos às comunidades rural e urbana dos sete municípios de influência da UHE Corumbá IV. A seguir, alguns eventos de destaque implementados no ano passado:
Preservação do reservatório de Corumbá IV e sua APP
O reservatório de Corumbá IV é visitado por muitos turistas, além dos próprios moradores da região. Nos últimos anos cresceu o número de condomínios residenciais, principalmente os de veraneio. Consequentemente, aumentou o número de turistas que vão curtir fins de semana e feriados na beira do lago. O turismo traz benefícios econômicos e sociais porém, é fundamental que os usuários e o poder público local fiquem atentos às leis ambientais e à regulação do uso e ocupação do solo.

A Corumbá Concessões é responsável por registrar infrações ambientais cometidas nos limites do lago e da APP e encaminhá-las ao Ibama (órgão fiscalizador da Usina). Já ao Ibama cabe coibir e punir crimes de desmatamento, degradação ambiental, caça a animais silvestres e pesca predatória na região do lago e APP. Prefeitura e secretarias municipais são responsáveis por disponibilizar patrulhamento policial para a segurança das comunidades rurais e urbanas; implantar sistema de coleta de lixo e de esgoto, regularizar e fiscalizar o parcelamento do solo.
Entre as ações do PEA, a Corumbá Concessões realiza Paradas Ecológicas nas estradas de acesso ao reservatório e abordagens de turistas via lago, quando equipes ambientais orientam os visitantes sobre o que eles podem e o que não podem fazer durante o lazer e turismo no lago de Corumbá IV e sua APP. Durante as abordagens os agentes distribuem material educativo sobre o uso correto do lago – como cartilhas e folders -, saco biodegradável para lixo e um lixocar. Eles alertam, ainda, sobre a proibição da pesca com rede, tarrafa e arpão durante todo o ano, e ressaltam que todo tipo de pesca – mesmo esportiva ou para comer o peixe – é proibida durante a piracema, período entre novembro e fevereiro, quando há a desova dos peixes para reprodução.
Crianças aprendem a descartar resíduos corretamente
O emprego de práticas lúdicas na educação ambiental, através de música, vídeo, dança e teatro, entre outras atividades, torna o aprendizado mais prazeroso, fixa melhor o conteúdo e leva os alunos a multiplicarem em casa o que aprendem em sala de aula. Este é um dos objetivos do projeto Agenda 21 Escolar, que a Corumbá Concessões leva a escolas do ensino fundamental dos sete municípios de influência da UHE Corumbá IV desde 2010. O projeto faz parte do Programa de Educação Ambiental (PEA) e trabalha questões como a importância do Cerrado; separação e descarte correto de lixo; e produção e preservação da água. No processo de construção da Agenda 21 Escolar, professores e alunos identificam os principais problemas na escola e entorno e planejam ações para solucionar as questões. As ações muitas vezes ultrapassam os muros da escola, por meio de parcerias com o poder público, empresários e com a comunidade.
Denúncias de caça e pesca predatória são levadas a seminário
Matança de antas e de outros animais silvestres; contrabando de espécies exóticas, principalmente aves; caça e comércio de carne exótica como de tatu e capivara; comércio em feiras e mercados de peixes pescados ilegalmente; e pesca com rede e outros petrechos, que é proibida mesmo fora da época da Piracema. Estes tipos de crimes que estão se intensificando na região de influência da Usina de Corumbá IV foram discutidos durante o seminário “Integração de ações para o combate à caça e pesca predatória em Corumbá IV e entorno: fortalecimento dos agentes ambientais e do poder público”.
O evento, promovido pela Corumbá Concessões, foi realizado em duas edições, nos meses de maio e junho de 2016, em Alexânia e Luziânia, respectivamente, com a participação de cerca de 120 pessoas, entre autoridades ligadas ao meio ambiente e educação, e moradores das áreas rural e urbana dos municípios do entorno do reservatório. Participaram como palestrantes representantes do Ibama-DF, Roberval Pontes; da Universidade de Brasília / UnB, a pesquisadora Maria Fernandes Nince; e o secretário de Meio Ambiente de Santo Antônio do Descoberto, Benedito Solano de Castro.

Moradores de Água Branca, em Silvânia, aprendem artesanato de fibra de bambu
“Nota dez para a iniciativa, conteúdo e participação”. Essa é a avaliação que a professora Sandra Mares Correia fez do curso de artesanato com fibra de bambu, realizado pelo Senar Goiás (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) em parceria com o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Corumbá Concessões S.A., na comunidade Água Branca, Silvânia, em julho de 2016. A atividade aconteceu na Escola Municipal Crispim Marques Moreira e os moradores foram capacitados na produção de artesanato derivado do bambu, com o intuito de geração de renda. Para Sandra Mares, o aprender não ocupa espaço e trabalhar com essa matéria prima foi gratificante. “Nunca pensei que eu poderia produzir peças tão lindas. Antes do curso, algo que parecia simples, como uma cesta, agora tem muito mais valor aos meus olhos, porque sei como foi feita, o capricho, dedicação e o tempo gasto na confecção da peça”, comentou. Ela disse que vai produzir peças decorativas para a sua casa. “Se irei comercializar, só o tempo vai dizer”, concluiu.
Transformação caseira de carne suína é tema de curso em Pontezinha
Linguiça calabresa, salaminho italiano, torresmo à pururuca e lombo defumado são alguns dos pratos muito apreciados da culinária brasileira, mas que não precisam mais ser comprados no supermercado. Isso vale, pelo menos, para os participantes do curso de transformação artesanal de carne suína, moradores da comunidade Pontezinha, em Santo Antônio do Descoberto, em julho. O curso, ministrado pelo zootecnista e instrutor do Senar Goiás, Ângelo Magalhães, foi uma parceria entre o a instituição e o Programa de Educação Ambiental (PEA) da Corumbá Concessões. O objetivo foi capacitar os moradores na produção caseira de insumos para consumo familiar, transformação primária e comercialização – do abate do animal à fabricação de derivados do porco.
Sustentabilidade versus desenvolvimento: uma reflexão de cidadania
A capacidade biológica do Planeta foi ultrapassada em 50%, em 2007. Isso significa que já estamos consumindo um planeta e meio em termos de recursos naturais e que precisaríamos, hoje, de seis planetas Terra para sobrevivermos em equilíbrio ecológico. Vale ressaltar que 20% da população mundial consome 80% dos recursos ambientais da terra, segundo o geógrafo Carlos Walter Porto Gonçalves, um dos nomes mais importantes da ecologia no Brasil.
Esses dados, que mostram o tamanho da crise vivida pela humanidade, incluindo as mudanças climáticas e perdas da biodiversidade que impactam na vida de cada ser humano, foram alguns dos assuntos de uma reflexão proposta no curso “Gestão Ambiental Pública e Cidadania”, que a Corumbá Concessões realizou em abril, para os funcionários da UHE Corumbá IV, em Luziânia. A atividade faz parte do Programa de Educação Ambiental do Trabalhador (PEAT), com o objetivo proporcionar aos funcionários da usina uma reflexão e ferramentas práticas para que possam lidar melhor com os problemas ambientais que afetam o dia a dia no trabalho, na UHE Corumbá IV, e nas comunidades onde residem. O curso foi ministrado pelo analista ambiental aposentado do Ibama e educador, José Silva Quintas, que é também físico por formação e destacado colaborador da construção da educação ambiental no país.
Estudantes plantam mudas do Cerrado para recuperar nascentes
Alunos do ensino médio do colégio André Gautier, de Corumbá de Goiás, participaram do curso de educação ambiental sobre Vegetação e qualidade da água: A importância da recuperação de áreas degradadas. A atividade foi promovida pelo Programa de Educação Ambiental (PEA), da Corumbá Concessões, em março de 2016, com o objetivo de fortalecer a participação da comunidade através da capacitação, visando ao entendimento da relação que existe entre a presença de vegetação e a manutenção das águas. A programação incluiu o plantio de 320 mudas do Cerrado para recuperação de duas nascentes degradadas. Outro objetivo foi desenvolver nos participantes conhecimentos, habilidades e atitudes voltados para a descoberta de novos rumos no trabalho ambiental realizado em suas casas, na escola, em instituições e na comunidade.
Nascente é recuperada com plantio de mudas, em Luziânia
Moradores da comunidade rural Indaiá, no município de Luziânia, participaram de um curso de educação ambiental sobre o tema Vegetação e qualidade da água no contexto do Cerrado, ministrado pela Corumbá Concessões, em janeiro, na sede da associação dos produtores rurais da comunidade (Assindaiá). Os participantes aprenderam sobre a importância da recuperação de áreas degradadas e da relação do ser humano com o meio ambiente. Como atividade prática, os moradores plantaram numa propriedade 115 mudas do Cerrado para recuperar uma nascente em processo de regeneração e cercaram a área para evitar pisoteio de gado.

Moradores de Abadiânia aprendem técnicas de plantio de hortaliças
Se antes as famílias do povoado Três Veredas, em Abadiânia, já plantavam a sua horta no quintal, com ou sem conhecimento técnico sobre o assunto, a partir de agora eles poderão produzir mais e com mais qualidade utilizando as técnicas da agronomia para a produção de alimentos, entre elas a construção de canteiros de hortaliças, preparação de mudas, adubação, compostagem e prevenção de doenças. Estes foram os principais temas trabalhados no curso de educação ambiental e olericultura básica – Caminhos para a sustentabilidade -, promovido pela Corumbá Concessões, em fevereiro de 2016, na escola da comunidade, em parceria com o Senar Goiás. A atividade teve como foco fortalecer a participação das pessoas em atividade de plantio comunitário com ênfase no cuidado com o ambiente, manejo adequado dos resíduos e reaproveitamento de materiais. Os participantes aprenderam sobre a importância econômica e alimentícia das hortaliças e técnicas agrícolas específicas para esse tipo de cultura.