União de esforços pode fazer a diferença no combate ao Aedes aegypti

De acordo com o Ministério da Saúde de janeiro, houve uma queda de 90,3% dos casos de dengue; 95,3% de Zika e 68,1% de chikungunya, em relação ao mesmo período de 2016 no Brasil, até abril deste ano. Apesar de a maior incidência das três doenças ser geralmente entre janeiro e maio, os esforços de prevenção e combate ao Aedes aegypti devem ser mantidos ao longo de todo o ano.

A dengue, chikungunya, e a zika são doenças causadas por vírus, mas transmitidas ao homem pelo mosquito Aedes aegypti. O Aedes prolifera-se principalmente em recipientes onde se acumula água limpa (vasos de plantas, pneus velhos, cisternas etc.). Por este motivo é fundamental que a população e os governos municipais se mobilizem para evitar a reprodução do mosquito transmissor.

Silvânia em destaque

Silvânia abraçou a campanha Goiás contra o Aedes, que vai até 2018, e se destacou, no ano passado, entre as seis cidades de Goiás a atingirem as metas de combate aos focos do mosquito. As visitas constantes às moradias do município, ações educativas, envolvimento de escolas, do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária fizeram com que o município fosse premiado pelo Ministério da saúde com um veículo Fiat Doblô por ter quase zerado os números da doença: foram 16 suspeitas e dois casos de dengue confirmados.

Segundo a secretária de Saúde de Silvânia, Kelly Gouvea, desde 2015 o município não registra nenhum caso de outras doenças transmitidas pelo mosquito, enquanto nesse período houve somente um registro de Chikungunya de uma pessoa que foi infectada pelo mosquito em outra cidade e esteve em visita no município.

O município tem colocado em prática um jogo que mobilizou a população: Nas visitas diárias dos agentes, as casas livres de larvas do mosquito ganham um selo verde, colado em local visível. Aquelas com algum foco ganham o selo amarelo, como alerta; e as que estiverem em estado crítico (acima de dois focos), ficam com o selo vermelho. Nas visitas seguintes, as casas que recebem três selos verdes concorrem ao prêmio e, na última avaliação, a moradora Eulália Lemes foi a ganhadora da moto comprada pela prefeitura, um fato que movimentou a cidade. A campanha prossegue em 2017 e o prefeito promete sortear um prêmio surpresa, melhor que o anterior.

“Aqui em Silvânia é uma via de mão-dupla, com o poder público e a população abraçando as ações. Se todos as prefeituras e cidades fizessem como estamos fazendo, a dengue já estaria erradicada”, finaliza a secretária.

Prefeito José Faleiro, de Silvânia, entregando a chave do Doblô à ganhadora do prêmio.
Prefeito José Faleiro, de Silvânia, entregando a chave do Doblô à ganhadora do prêmio.

Prevenção como rotina

Em Luziânia, o coordenador de Vetores da Funasa, Valdaire Bispo, explica que o Aedes tem grande poder de procriação, podendo uma fêmea desovar até mil ovos no seu ciclo de vida (média de 30 dias). Na opinião de Valdaire, o procedimento do fumacê já não é aconselhada pelo Ministério da Saúde, já que o veneno pode não atingir os mosquitos que estão atrás de um muro ou dentro de casa, por exemplo, e que acabam atacando no dia seguinte. Além de fazer mal ao meio ambiente e ao homem.

Segundo ele, basta jogar na terra a água dos bebedouros do gado e de outras criações uma vez por semana (para acabar com o ciclo do mosquito), lavando bem com uma vassoura, água e sabão as bordas e o fundo. “É um combate mais barato, rápido e não degrada o meio ambiente”, finaliza. Portanto, é importante manter a vigilância e continuar, cada um, fazendo a sua parte no combate aos focos do Aedes.

Área rural tem ações eficazes

Em Santo Antônio do Descoberto, há dez anos a área rural não registra nenhum caso de dengue, segundo informação da enfermeira coordenadora do posto de saúde que atende às comunidades Pontezinha, Lagoinha e Santa Rosa, Leonice Damasceno Kill. Ela credita esse resultado positivo ao trabalho que os dez agentes de saúde fazem na região com orientações sobre descarte correto de lixo, cuidados com água parada etc.

Já a prefeitura de Corumbá de Goiás reforçou as ações de combate ao mosquito Aedes, no campo e na cidade, a partir de janeiro de 2016. Este ano, prossegue o trabalho preventivo, em parceria com o Corpo de Bombeiros da região, agentes comunitários de saúde e de combate a endemias. A meta é eliminar os focos do mosquito da dengue, em visitas aos 3.700 imóveis do município.

“No início do ano, no período chuvoso, encontramos muitos focos do mosquito. A mídia divulga a campanha e os números da doença, mas muitas pessoas não cuidam de seus quintais por desleixo, achando que estão a salvo de serem picados pelo mosquito infectado”, comenta Moisés Pereira de Siqueira, gerente do Núcleo de Controle de Vetores de Corumbá de Goiás. É preciso que cada cidadão faça a sua parte e contribua para as ações do município. Só assim poderão evitar a transmissão das doenças causadas pelo Aedes aegypti. A Corumbá Concessões acompanha os dados epidemiológicos das secretarias de Saúde, por meio do Programa de Atenção à Saúde, e parabeniza os municípios de abrangência da Usina pelos resultados obtidos no combate ao Aedes aegypti.

ciclo dengue

Ciclo do mosquito Aedes Aegypti

O Aedes Aegypti se reproduz em água parada, limpa ou suja, e em água acumulada em pneus, garrafas e recipientes depois das chuvas, por exemplo. Os quatro estágios da vida do mosquito são:

→ Ovo

A fêmea do Aedes aegypti  deposita seus  ovos na parede de um criadouro com água (na linha d´água). Os ovos são extremamente resistentes e podem permanecer sem eclodir durante todo o período seco (por até 450 dias), aguardando as chuvas. A única forma de eliminar os focos é lavar o recipiente com água e sabão, usando uma buchinha ou uma vassoura.

→ Larva

Ao entrar em contato com a água, o ovo vira larva, em até 3 dias, e pode se desenvolver em água limpa, mas também na água suja, no esgoto doméstico e em lixo orgânico e se alimenta de substâncias açucaradas como néctar e seiva de plantas presentes na água.  O período entre a eclosão e a pupação é de até 5 dias.

→ Pupa

De 7 a 10 dias, a larva se transforma em pupa (casulo) e adota uma forma de vírgula e este estágio dura 2 dias, até que o mosquito esteja pronto para nascer. Elas não se alimentam nessa fase, apenas respiram e movem-se muito.

→ Adulto

A pupa se transforma em mosquito, que sai do seu casulo pronto para voar se alimentar (frutos e alguns vegetais). Mas, após a cópula, a fêmea precisa de sangue para que seus ovos amadureçam e é nesse momento que pode ocorrer a transmissão de doenças para o homem. Depois de se alimentar com sangue, em três dias ela põe seus ovos.

 Faça a sua parte na luta contra doenças

 

  • Evite água parada dentro e fora de casa, em pratinhos de vasos de planta, pneus, garrafas e outros recipientes.
  • Aplique inseticidas em ralos.
  • Tampe a caixa d´água, cisterna e lixeiras.
  • Cubra a piscina e trate a água com cloro.
  • Mantenha o quintal e jardim sempre limpos.
  • Descarte corretamente os resíduos secos e molhados.

(Fonte: G1)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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