Constantemente a Corumbá Concessões realiza monitoramento qualitativo e quantitativo dos peixes do reservatório e está atenta a qualquer agente externo que possa causar impacto na fauna local

O impacto de barramentos sobre o ciclo de vida, biologia e ecologia das espécies de peixes é amplamente conhecido e estudado no meio científico. O entendimento das alterações ocorridas ao longo do tempo reforça a necessidade da realização de monitoramentos da ictiofauna que impactam os recursos hídricos. O Programa de Proteção da Ictiofauna (PPI) tem o objetivo de promover a conservação da ictiofauna (peixes) e avaliar em caráter qualitativo e quantitativo a estrutura da comunidade ictiofaunística presente na área de influência da UHE Corumbá IV, e com base nesse conhecimento, buscar a redução dos impactos negativos sobre a ictiofauna local.

Desde 2018, foram registrados no monitoramento 48 diferentes espécies, dentre as quais 24 deles são considerados como novos registros. 32 espécies são consideradas autóctones (táxons que ocorrem naturalmente no alto rio Paraná), 11 classificadas como alóctones (táxons descritos de outras bacias da Região Neotropical e introduzidas no alto rio Paraná, sem quaisquer evidências que possam indicar sua ocorrência natural no alto rio Paraná) e uma única espécie classificada como exótica (táxons provenientes de outro país ou região zoogeográfica).

A única espécie classificada como Exótica, Coptodon rendali (tilápia) cuja origem é africana, suporta grandes variações ambientais, característica que a torna uma excelente colonizadora. Os três táxons (espécies) mais identificados no monitoramento é Pimelodus maculatus (mandi-amarelo), Bryconops sp. 1 (piaba) e Satanoperca pappaterra (cará). Verifica-se que boa parte das espécies correspondem a indivíduos jovens e adultos, um indicativo do sucesso reprodutivo e de recrutamento nas áreas de influência da UHE Corumbá IV. Dentre os registros do atual monitoramento, nenhum encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção do Brasil, nem na lista da fauna ameaçada em nível mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Mortandade de Peixes

Vale fazer um alerta para quem utiliza o Lago Corumbá IV. Caso haja peixes mortos na margem e no rio, a atividade pesqueira deve ser suspensa na região e o consumo de pescado nas áreas afetadas é proibido. Como a causa da morte é desconhecida, se consumidos, pode gerar riscos à saúde da população.

Em qualquer episódio de mortandade de peixes, a Corumbá Concessões realiza a investigação do que pode ter provocado essas mortes. Dessa forma, são coletados alguns indivíduos mortos e/ou moribundos, além de amostras de água para análises físico-químicas, de metais e compostos orgânicos.

O que fazer quando identificar peixes mortos no Reservatório da UHE Corumbá IV?

· Entrar em contato com a Corumbá Concessões.

· Não pescar, pegar ou consumir nenhum peixe.

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